Descrição Extrínseca

“Aí, é eu embarcando como é, como eu disse pra você que... não não não, não é embarcando não, ah eu me confundi, aqui é no ano novo de... Suíço. [...] cheguei mais mulher, aqui foi é... eu comecei é… é... a, a disfarçar. [...] Eu tive que me camuflar, eu tive que me camuflar pra poder ver é... queria… tinha que arranjar algum casamento né, eu não queria ir embora então tinha que arranjar um casamento. [...] Então eu tinha... eu tinha que me camuflar, mas não dava nem pra me camuflar porque, olha a cara? [...] Não tem jeito [...] eu tava me entretendo com as pessoas que ali estavam. [...] eu consegui só o green card porque é... passaporte é… é... do é feminino e o green card é masculino. [...] porque lá tinha toda, todo um é… um... um... uma fiscalização, é… eu morava, eu morava sozinha, mas as minhas roupas ficava na casa da Carmem (esposa). [...] Porque se a polícia chegasse lá, ela ia remexer, revirar a casa da Carmem e se não encontrasse nada ia, ai ia dizer que era... contrato de gaveta. [...] Eu sou eu não posso, sabe quanto custa pra eu me divorciar? Vinte mil. [...] É eu tenho, ela tem que ir pra São Paulo, pra gente ir pro consulado suiço que só tem lá em São Paulo pegar um… um... tradutor juramentado é... fazer toda a tradução do alemão por português pra poder fazer a separação. [...] Ela me pede que ela quer se separar e eu falei também quero mas cadê o dinheiro? Você paga e a gente se separa. [...] Ela é de lá mesmo [...] Esse ano novo foi... acho que dois mil.” (Karla Zhand, Arquivo Vivo, 2022)