Descrição Extrínseca

“Ah, porque foi uma foto de um momento que eu achei muito bonito, né? Assim, a gente tinha essa mania assim, de se encontrar e se abraçar muito, porque a gente passava um bom tempo sem se ver, assim. No caso da correria, do dia a dia, a gente mal conseguia se ver. E aí nesse dia eu quase não conseguia chegar na apresentação. Eu tava numa aula, aí eu saí bem, bem apressado assim e consegui pegar ela cantando ainda. Aí quando ela desceu do palco, falou ali com algumas pessoas e eu sempre ficava esperando o tempo né? Pra ir falar com ela. E aí nesse dia eu falei com ela, a gente se abraçou e aí nesse momento a irmã dela tirou a foto. [...] Foi um dia à noite, né? Acho que eram umas sete horas que eu ia começar a cantar, assim. E aí foi um dia muito lindo assim. Tava tudo muito incrível. A apresentação em si. Ela cantou junto com a [Ágina Oliveira], né? Posteriormente. Ela cantou músicas muito tocantes. Me emocionei várias vezes. E depois disso a gente foi pra outro lugar e depois foi pra casa dela. Foi isso que aconteceu nesse dia. [...] Eu lembro de uma pessoa que chegou depois, que é uma amiga minha da faculdade. Ela viu a gente se abraçando e falou assim: “Que abraço gostoso, gostaria de participar também desse abraço”. Aí essa pessoa pegou e abraçou a gente também. Eu acho que o que pode ficar marcado é sobre esses abraços compartilhados também, sabe? Não só de nós dois ali, mas de como ver esse abraço possibilitou e outras pessoas tiveram vontade de abraçar também.” (Curimatã Oliveira, Acervos Transcestrais, 2024)