Coleção
Taya Carneiro
Item
A festa só existe porque a vida não é boa. (2) “Estava nessa paralela aqui, mas eu lembrei de uma entrevista do Caetano, que ele fala que a festa só existe porque a vida é ruim. Se a vida fosse boa, não tinha festa. E tá todo mundo sorrindo, né? Todo mundo mostra os dentes. E a Taya assim.” (Caia Maria Coelho, Acervos Transcestrais, 2024)
Identificação e Características do Objeto
Miniatura

Acervo
Acervos Transcestrais
Número de Tombo
156
Número de Registro
MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0156
Objeto
Fotografia Digital
Título
A festa só existe porque a vida não é boa. (2) “Estava nessa paralela aqui, mas eu lembrei de uma entrevista do Caetano, que ele fala que a festa só existe porque a vida é ruim. Se a vida fosse boa, não tinha festa. E tá todo mundo sorrindo, né? Todo mundo mostra os dentes. E a Taya assim.” (Caia Maria Coelho, Acervos Transcestrais, 2024)
Autoria
Desconhecida
Identidade e Subjetivação
Descrição Intrínseca
“Esse lugar já fechou, mas era um bar, barra balada. [...] E foi no aniversário do Bernardo, isso. [...] Esse dia, a sensação que eu tenho com a Taya aí, era um dos dias que ela tava tentando curtir a vida, tentando ser feliz na vida, porque ela já tava com pensamentos muito ruins. Era pouco tempo antes dela falecer, por isso que eu acho que é muito 2023, porque foi uma das saídas que a gente teve. [...] eu tava falando que acho que foi um dos momentos que a Taya tentou sair de casa, tentou curtir a vida. Tentou dar uma chance pra ela mesma, né? E ela tava bem bonita. Ela tava com gel e com o cabelo pra trás. Ela nunca tinha feito esse penteado assim. Era um penteado raro. E parecia que ela tava desfrutando ali também do cabelo dela que tava crescendo. A gente elogiava muito ela. E ela gostava de ter o cabelo curtinho de novo. E aí eu perguntava pra ela. “Você vai cortar de novo? Você vai deixar crescer?” E ela falava que tava gostando de ter o cabelo curto. Que ela não sabia ainda o que ia fazer. Tava deixando. E aí a gente foi pra essa festa. No aniversário do Bernardo. E a gente se divertiu muito. Foi
uma noite super boa. A gente cantou no karaokê. A gente dançou. E a Dani, que tá aí na festa, era uma pessoa que a Taya admirava muito. Foi a Taya que apresentou a Dani pra gente. E a Dani... Ela passou por muitas dificuldades assim na vida dela pra conseguir ser a travesti que ela é. Pra conseguir ser a mulher empoderada que ela é hoje em dia. E a Taya sempre... Sempre teve uma admiração muito grande pela Dani. Então ela tava cercada de pessoas que ela gostava muito. Eu acho que é isso, assim. Essa noite foi uma noite tranquila. Foi uma noite feliz. Uma noite que a gente tava bem. [...] Se eu não me engano, porque na foto tá meio difícil de ver, mas eu acho que é bem isso mesmo. Esse vestido da Taya... Ela me emprestou. E eu já até fiz peça com esse vestido dela. E eu nunca devolvi pra ela. E eu lembro que pouco tempo antes dela morrer, ela falava, “Ah! E aquele meu vestido? Cadê meu vestido? Devolvo meu vestido.” E eu falava pra ela “Não vou devolver, amiga. Já era. Acabou. Vai ser meu o vestido.” Eu falava mesmo pra ela, “Não vou te devolver. Você não vai ter.” E aí ficou pra mim. [Risos] Até hoje eu tenho ele.” (Maria Léo Araruna, Acervos Transcestrais, 2024)
Dimensões
613 x 775 pixels
Material
Digital
Origem
Bar/balada, Guará, Brasília/DF
Procedência
Brasília, DF
Observações
Não
Tipo de Aquisição
Doação
Pessoa ex-proprietária
Maria Léo Araruna
Data de Aquisição
janeiro 1, 2025
Estado de Conservação
Bom
Classificação Etária
Livre
Informações Contextuais
Descrição Extrínseca
Fotografia vertical cinco pessoas posam para fotografia todas elas com tom de pele avermelhado por conta da luz ambiente a primeira pessoa da direita para a esquerda tem cabelos cacheados pretos, olhos cerrados um sorriso largo e barba, usa uma blusa branca com detalhes na gola e na manga em vermelho e um short preto. Encostada na primeira pessoa, tem cabelos cacheados longos e esbanja um sorriso largo com os olhos cerrados, usa uma regata brilhante preta e por baixo uma calça preta, encosta sua mão na coxa. Ao seu lado uma outra pessoa de cabelos claros olhos também encerrados sorrir usa uma blusa preta e uma saia preta. Em seguida a seu lado uma pessoa de cabelos longos claros sorri com os olhos cerrados ela tem uma blusa que vai até a altura do joelho com estampas arabescas, calça preta e o tênis All Star vermelho. Por fim a última pessoa tem cabelos amarrados preto, usa óculos está com uma expressão séria usa uma camiseta preta até a altura, usa uma sandália preta e na sua mão tatuagem são aparentes, ela segura uma garrafa de vidro ao fundo é possível ver um telão com projeções e algumas silhuetas.
Período
1º semestre de 2023
Referências Bibliográficas
Não
Exposições
Não
Publicações
Redes Sociais (Daniela Nunes, Ruth Venceremos, Taya Carneiro, Bernardo Mota e Maria Léo Araruna)
Pesquisas
Pesquisa realizada pelo Museu Transgênero de História e Arte - Mutha para a construção das coleções pertencentes ao eixo temático Acervos Transcestrais, contemplada por meio do edital Funarte Retomada Ações Continuadas - Espaços Artísticos 2023.
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Registrado por
Ian Habib | Mayara Lacal | Beatriz Falleiros
Data de Registro
fevereiro 19, 2025