Descrição Extrínseca

“Que ela morreu, a gente resolveu prestar uma linda homenagem, né? [...] E aí o que que aconteceu? Acordei de manhã cedo com a mensagem de Maria Leo falando, “Amiga, dessa vez foi…” Eu liguei, Maria Leo, “Você tá zoando, né?” [...] E depois chegou Maria Léo também, pronto. Aí a gente, três travestis, desnorteada, e querendo dar o melhor desfecho pra aquela situação, honrar a nossa amiga, né? E tipo assim, sair desse lugar de vítima também do processo, que eu acho que era, sabe? “Mais sofrimento travesti…” A gente queria, tipo assim, não, é isso, nossa amiga viveu, escolheu isso, agora a gente vai honrar esse propósito e fazer uma coisa bonita pra entregar a nossa amiga, pra Deus pra Oxalá. E aí… A gente precisava anunciar o evento, o ocorrido, né? Pras pessoas. E aí a gente pensou em fazer essa colagem aí. E aí, eu não sei, eu sempre gostei, né? De fazer esse trem. Aí a gente reuniu algumas fotos que a gente tinha, que a Lua tinha. E acho que a mensagem, o ponto de partida principal foi uma colagem anterior, na verdade, que é essa colagem vermelha que está aí no fundo, que foi a Taya que fez para o Corpolítico. Você já mostrou? Você já falou disso? Para o corpo político. Então, foi essa metalinguagem aí de uma colagem sobre a colagem, reunindo várias fotos da menina Taya pra gente soltar nas redes, né? Mas pegando tipo ela bem bonita, bem feliz, bem gata garota, fazendo as coisas mais alto astral, participando de mesa, né?” (Vidda Guzzo, Acervos Transcestrais, 2024)