Identificação e Características do Objeto
Miniatura

Acervo
Acervos Transcestrais
Número de Tombo
152
Número de Registro
MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0152
Objeto
Fotografia Digital
Título
Um rosto feito de vários rostos
Autoria
Desconhecida
Identidade e Subjetivação
Descrição Intrínseca
Fotografia colorida horizontal e nela quatro jovens posam para foto. Da esquerda para a direita, Maria Léo Araruna tem cabelos ondulados e castanhos claros nos ombros e usa óculos. Taya Carneiro é a terceira, também usa óculos, batom vermelho, piercing no nariz e cabelos castanhos lisos nos ombros. Todos usam uma camisa vermelha. Na camisa, uma colagem digital com um fundo vermelho, recortes ilustrando da esquerda para a direita, um olho, duas bocas, um nariz e um olho, em múltiplas cores e descolados uns dos outros.
Dimensões
720 x 411 pixels
Material
Digital
Origem
Faculdade de Direito/UnB/Brasília/DF
Procedência
Brasília, DF
Tipo de Aquisição
Doação
Pessoa ex-proprietária
Maria Léo Araruna
Data de Aquisição
janeiro 1, 2025
Estado de Conservação
Bom
Classificação Etária
Livre
Informações Contextuais
Descrição Extrínseca
“Isso foi no dia de uma formação política da Cor Política, que aconteceu na Faculdade de Direito. E nesses eventos de formação, a gente sempre fazia no início, assim, de um semestre estudantil pra receber novos integrantes, para que novas pessoas pudessem integrar a Corpolítica de uma forma mais efetiva, assim, ter tarefas ali dentro e poder ajudar a gente a organizar isso. E também a gente sempre colocou isso de poder modificar a Corpolítica ali também. E aí... Então, foi um dia em que a gente tava muito atarefada, a gente tava, cada pessoa tinha uma... uma tarefa muito específica pra cumprir. E eu lembro que a Taya e a Lua, durante essas formações, elas ficavam, às vezes, muito responsáveis em transportar materiais pra gente fazer essa formação, materiais de papelaria, materiais de som, muitas vezes com o carro delas. E elas também ajudavam muito na comida, na cozinha. E… E foi um momento, assim, era um momento estressante, mas também era um momento de muita alegria, de muita felicidade. E era incrível quando a gente olha pra trás, assim, muitas das minhas conversas com a Taya e com outras integrantes também, e a gente fala o tanto que a gente gostava de ta ali, apesar de todas as tretas, apesar de todas as dificuldades de fazer movimento social, a gente... Era um sonho realizado, em que a gente conseguia, e que a gente era muito feliz de estar ali, fazendo isso. [...] Nas formações, a gente falava... Muito sobre esses princípios nossos, como interseccionalidade, sobre como a gente pensava a organização coletiva, em que não era algo em que as pessoas deveriam se encaixar, em que as pessoas deveriam se enquadrar, porque a gente já teria as nossas diretrizes bem estabelecidas. A gente sempre mostrava que as pessoas que estivessem integrando, elas sempre tinham a liberdade de modificar as coisas por dentro, de propor novas atividades que a gente nunca tinha feito, e que a gente atuava em várias direções também. Então, tinha atividades culturais, artísticas, tinham atividades que eram... As principais atividades que a gente fazia aqui eram rodas de conversa, em espaços públicos, principalmente nas periferias do DF, em que a gente debatia temas controversos, temas muito diferentões, assim, que nessa época não eram muito estabelecidos, não eram muito debatidos, como relação entre gordofobia e racismo, a relação entre veganismo e feminismo, prostituição e identidades trans, enfim, muitas dessas coisas. E a gente também, nessas informações, a gente falava um pouco sobre a luta LGBT, um processo histórico da luta LGBT, e onde a gente se encontrava naquele momento sobre quais caminhos a gente trilhava, porque a gente não era partidário. Então, a gente era muito voltado pra estudantes, mas também tinha muitos secundaristas ali, estudantes universitários e secundaristas. E a gente falava sobre temas mais gerais também, dentro dessas formações, sobre como a gente pensava o racismo também de forma atrelada ao movimento LGBT, sobre identidade de gênero, orientação sexual, principalmente as mais invisibilizadas. Então, era basicamente isso. E às vezes durava dois dias, era um sábado e um domingo. Então, nesses dois dias, a gente tava muito juntas, muito conectadas, acordando muito cedo e dormindo muito [inaudível], mas sempre muito animadas também. A gente terminava a formação e a gente queria fazer festa, a gente queria estar juntas ainda, ir para um bar, ouvir música, essas coisas.” (Maria Léo Araruna, Acervos Transcestrais, 2024)
Período
2016/2017
Referências Bibliográficas
Corpolítica
Objetos Associados
MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0106,MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0126, MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0145, MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0146, MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0150, MUTHA.AH.AD.AT.TC.2024.0154
Publicações
Redes Sociais (Instagram/Facebook)
Restauro
Não
Pesquisas
Pesquisa realizada pelo Museu Transgênero de História e Arte - Mutha para a construção das coleções pertencentes ao eixo temático Acervos Transcestrais, contemplada por meio do edital Funarte Retomada Ações Continuadas - Espaços Artísticos 2023.
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Observações
Não
Registrado por
Beatriz Falleiros | Ian Habib | Mayara Lacal
Data de Registro
fevereiro 26, 2025